SÃO PAULO - Resolver questões envolvendo câmbio e meios eletrônicos foram alguns dos desafios listados pelo Banco Central para os próximos anos, quando o assunto é defesa do consumidor, segundo o consultor do Departamento de Normas do Sistema Financeiro do BC (Banco Central do Brasil), Anselmo Pereira Araujo Netto, que participou nesta sexta-feira (30) do Cmep (Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamentos), organizado pela Febraban e pela Abecs.
De acordo com ele, a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos torna cada vez mais urgente a necessidade de se olhar com mais cuidado para o câmbio em um futuro próximo. A maior saída de brasileiros para o exterior também aumenta a necessidade de olhar para o setor.
As questões envolvendo meios de pagamentos são outro ponto a ser reforçado. Isso porque, explica Netto, a tecnologia sempre impõe desafios, uma vez que facilita, mas também, em alguns casos, induz ao erro, bem como deixa as pessoas expostas à fraudes.
Parcerias
Netto acrescentou ainda outros eventos que merecem atenção, como o mobile banking e o cartão pré-pago, e destacou a importância da atuação conjunta do Banco Central com o Ministério da Justiça, o DPDC (Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor) e o Ministério Público.
“É crescente a consciência da sociedade sobre os seus direitos. Neste contexto, parcerias são necessárias para atender melhor às necessidades do consumidor, sobretudo porque a inclusão de novos consumidores faz com que algumas questões se tornem mais urgentes”, diz.
Conquistas
Embora reconheça a existência de desafios, o consultor do Banco Central pontuou também algumas conquistas.
Segundo ele, nos últimos anos, o BC tem perseguido um sistema sólido e eficiente no que diz respeito às relações com os consumidores.
Neste sentido, cita ele, estão a questão da inclusão financeira, a regulação do setor, as várias portabilidades instauradas (crédito, salário e cadastro), a instituição do CET (Custo Efetivo Total), a criação das ouvidorias em instituições financeiras, a adequação dos produtos e serviços ao perfil do cliente e, mais recentemente, a regulamentação do setor de cartões.
“Tais medidas contribuem para a transparência do sistema financeiro como um todo (…) Após a regulamentação, por exemplo, observou-se uma queda no número de reclamações no setor”, disse Netto.
Fonte: Infomoney - 30/9/11