O crescimento do mercado de planos de saúde, nos últimos anos, tem levado as operadoras a buscarem forma de se destacarem e, por meio do atendimento de qualidade, ganhar e manter clientes.
Uma das iniciativas adotadas pelos segmentos da saúde suplementar é a criação de universidades corporativas, que visam o treinamento dos gestores das operadoras.
Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estimula a busca pela qualidade das operadoras por meio do Programa de Qualificação e deve lançar, em breve, o modelo para a acreditação das operadoras, como hoje já é feito com os hospitais.
De acordo com o presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, o resultado do Programa de Qualificação, com base em 2008, deve ser divulgado em maio.
A idéia, segundo ele é que, com a manutenção da metodologia utilizada nas últimas três fases do Programa, possa ser diminuído o gap entre o levantamento e a publicização dos dados.
Assim, serão mantidas as quatro indicadores de avaliação – atenção à saúde; econômico-financeiro; estrutura e operação; e satisfação do usuário -, o que também vai permitir a comparação entre um período e outro.
Cumprindo, ainda, as metas estabelecidas pelo Programa Mais Saúde (PAC da Saúde), a ANS está fechando um acordo com entidades internacionais, que irão realizar uma “transferência de tecnologia”, a fim de criar um modelo com padrões internacionais para a acreditação das operadoras.
Quem instituirá o padrão e o atestará será o Inmetro. Segundo a ANS, um acordo também está sendo fechado com a instituição. O Inmetro será responsável, também por avalizar as instituições acreditadoras. A expectativa é que a acreditação das operadoras passe a ser realizada no próximo ano.
Prestadores
Para atender ao subproduto da qualificação, a ANS não poderia deixar de pensar meios de também melhorar o atendimento dos prestadores.
Para tanto, está atuando em duas frentes: a abertura de crédito junto ao BNDES para os prestadores que quiserem entrar no processo de acreditação; e um convênio com a Associação Médica Brasileira (AMB) para dispor das diretrizes clínicas. Serão 80 temas mais demandados, incluindo os que tratam da promoção à produção de medicamentos e próteses.
Universidades Corporativas
Para o presidente da ANS, a iniciativa das operadoras de criar as Universidades Corporativas, bem como o estímulo à participação dos gestores é vista com bons olhos.
De acordo com Fausto Pereira dos Santos, a qualificação da gestão melhora o atendimento e os resultados. Segundo ele, pelo tanto que o mercado cresceu, faltam ainda quadros para realizar a gestão como ela deveria ser feita. As empresas, de acordo com a ANS, precisam acompanhar as mudanças do setor.
Já é possível, contudo, já ver alguns resultados deste esforço qualitativo: a qualidade das informações que chegam à ANS aumentou. O advento do TISS contribuiu para essa melhora, mas é possível reconhecer que as operadoras já possuem gestores preparados para analisar e orientar no preenchimento dos documentos. Ponto positivo.
Fonte: Plurall - 08/04/09