Os desafios da colaboração na saúde foi o tema da 6ª edição do Saúde Business Forum. Executivos de hospitais e operadoras discutiram os caminhos para se implantar o conceito do processo colaborativo para o desenvolvimento do setor e quais os impactos que essas ações podem trazer para a cadeia.
Enquanto entraves entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços oneram o setor, encarecem o serviço e sobrecarregam o usuário, soluções como integração e troca de informações surgem como solução para a cadeia.
Para o superintendente do Hospital Nove de Julho, Luiz de Luca*, a mudança no modelo de remuneração da cadeia seria um caminho viável para a sustentabilidade do setor. "Propomos transferir a remuneração centrada na prestação de serviço por uma integração do setor, para que tudo ocorra de forma mais explícita e isso só é viável por meio da colaboração", destaca o executivo.
No modelo colaborativo proposto, fornecedores, operadoras de saúde, hospitais, médios e médicos se envolveriam na discussão de custos no setor, buscando soluções viáveis com base em indicadores e protocolos para assim atingirem um equilíbrio sistêmico da saúde. Uma das etapas do processo seria adoção de uma câmara de negociação para a compra de insumos e materiais médicos, para que, com um agente independente, a negociação de valores seja favorável para toda a cadeia.
"Cada elo da cadeia precisa pensar em uma forma de colaborar com o setor. Hoje não há transparência nas informações e cada um trabalha para si. Todos têm o seu papel e cabe a cada um buscar uma eficiência conjunta, assim todos ganham", complementa.
Diante a dificuldade de trocar informações dentro do setor de saúde, a aplicação da colaboração passa a ser um desafio. "O setor precisa estar preparado para isso. Só assim conseguiremos garantir a sustentabilidade do sistema. Implantar esse modelo é viável, basta querer", conclui de Luca.
Fonte: Plurall.com