Brasília - Um dia depois de reduzir a quantidade de dinheiro que os bancos têm de recolher, o Banco Central (BC) reeditou a circular que flexibilizou as regras para o recolhimento compulsório. Agora, os bancos não poderão comprar de volta as carteiras de crédito vendidas para outras instituições.
De acordo com o BC, a reedição da circular, feita no final da tarde de hoje (3), não aumentará a injeção de recursos na economia além dos R$ 23,5 bilhões anunciados anteriormente. Segundo a autoridade monetária, o ajuste nas normas apenas aperfeiçoa o controle sobre o cumprimento das exigências.
Atualmente, os bancos são obrigados a recolher 15% dos depósitos a prazo e 45% dos depósitos a vista em títulos públicos. Ontem (2), o Banco Central autorizou as instituições financeiras a deduzir do compulsório sobre os depósitos a prazo as carteiras de crédito adquiridas de outras instituições. O abatimento, no entanto, está limitado a 40% dessa fatia de 15%.
O benefício, porém, só vale para quem comprar carteiras de bancos com patrimônio de referência de até R$ 2,5 bilhões. O objetivo, conforme o BC, é fornecer mais liquidez às instituições pequenas e médias.
Nas últimas duas semanas, o Banco Central havia anunciado outras medidas para diminuir as restrições no crédito provocadas pelo agravamento da crise nos Estados Unidos e na Europa. Além de leiloar US$ 1 bilhão para fornecer mais liquidez aos bancos, o BC adiou o prazo para o recolhimento de compulsório para operações de leasing.
A autoridade monetária também aumentou, de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões, o total que pode ser deduzido do compulsório adicional dos depósitos à vista, a prazo e na caderneta de poupança recolhidos em espécie. Essas duas últimas medidas, conforme o BC, injetaram R$ 13,2 bilhões na economia.
Fonte: agenciabrasil.com