O luxo pode estar ao alcance do controle remoto, ou mesmo do ouvido. Grandes marcas, como Ferrari e Giorgio Armani, se unem a empresas de telefonia e de eletrônica para oferecer objetos de desejo que custam alguns tantos reais.
O mercado de luxo procura atender consumidores que não se importam em pagar pequenas fortunas, desde que tenham aparelhos diferenciados. Se houver um número limitado de cópias, melhor.
Fascínio
Para Silvio Passareli, diretor do MBA Gestão de Luxo da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), produtos tecnológicos são considerados de luxo quanto têm um design autoral ou um valor agregado, como jóias.
"O consumidor que conhece o mercado de luxo não compra pela ostentação, mas porque conhece a excelência dos bens e produtos, como qualidade, nobreza dos materiais, exclusividade. Eles querem o máximo de performance do produto."
Para o consultor na área de mercado de luxo Luís Henrique Sampaio, da LH Consultoria, a busca é subjetiva.
"As pessoas têm fascínio pelas etiquetas que esses produtos ostentam, elas são capazes de hipnotizar consumidores ávidos por marcas famosas. São símbolos de sucesso, poder, projeção social e, principalmente, de comportamento."
Segundo empresas, a comercialização de produtos de luxo atende à demanda de consumidores, que querem sofisticação em todos os setores -como na sala de estar, com uma TV assinada pelo estilista italiano Giorgio Armani.
Andréia Vasconcelos, gerente de marketing da Motorola Brasil, diz: "A gente trabalha com desejo. E luxo não é nada mais que desejo. Nos associando ao mundo da moda, do design, potencializamos esse desejo de ter, por exemplo, uma Ferrari com você o tempo todo".
A gerente de marketing lembra que, na ocasião do lançamento de um celular com design assinado pela dupla italiana Dolce&Gabbana, chegaram a ser vendidos 3.000 aparelhos em apenas três horas.
Na rede
A exclusividade do mercado de luxo também chega à internet. Redes como a brasileira Coquelux (www.coquelux.com.br) reúnem um público seleto, para quem são oferecidas peças de grandes marcas, com até 70% de desconto. Para fazer parte, é preciso receber indicação.
Lá fora, o Bag Borrow or Steal (pegue uma bolsa emprestada ou a roube; http://www.bagborrowsteal.com/ reúne bolsas de grifes como Chanel e Louis Vuitton.
Os membros do clube pagam mensalidade e têm acesso a diversas bolsas, que são emprestadas, usadas por um tempo e, depois, devolvidas. É o fim do drama "quantos mil gastar em bolsas se por uma centenas de dólares posso pegá-las emprestadas".
Fonte: folhaonline.com